No dia 28 de junho, após a apresentação da obra, no sábado anterior, no Museu Soares dos Reis, no Porto – tendo Valter Hugo Mãe como anfitrião e moderação de Inês Meneses –, foi a vez de a Casa do Alentejo em Lisboa acolher o lançamento de Baiôa sem data para morrer. Sobre a estreia literária do editor Rui Couceiro, disse Alberto Manguel – reputado escritor, tradutor, ensaísta e editor – ser de «uma força extraordinária». «Depois de ler o livro de Rui [Couceiro], vou encarregar-me de ser o porta-voz deste livro no mundo inteiro, porque se este livro fosse um livro americano ou alemão já haveria mil editores no mundo inteiro a querer traduzir e publicá-lo», avisou na conversa moderada por Luís Osório e na qual se ouviram excertos do livro pela voz de José Anjos.
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Depois do lançamento de ontem, na Biblioteca José Marmelo e Silva, em Espinho – numa sessão com apresentação de Mário Augusto e moderação do jornalista Sérgio Almeida –, segue-se uma sessão hoje, pelas 18:30, na Livraria Bertrand Palácio do Gelo, em Viseu. A apresentação ficará a cargo do Professor Fernando Alexandre Lopes (Instituto Politécnico de Viseu). Nos próximos meses, o autor e o livro darão continuidade ao seu périplo pelo país.
AGENDA DAS PRÓXIMAS APRESENTAÇÕES
9 julho | 18:30 | FNAC NorteShopping | Porto
Conversa com Hugo Cadete (jornalista)
16 julho | 17:00 | Biblioteca Municipal de Viana do Castelo
Apresentação de Rui Ângelo Araújo (autor)
17 julho | 17:00 | FNAC Viana do Castelo
Apresentação de Ana Peixoto Fernandes (jornalista)
30 julho | (horário a definir) | VIC – Aveiro Arts House
Apresentação de Rosa Alice Branco (poeta)
25 setembro| 17:00 | Café Bar São Gonçalo | Amarante
Apresentação de Miguel Cerqueira da Silva
SOBRE O LIVRO
Baiôa sem data para morrer
Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida. Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte insiste em sair à rua, e a pacatez por que o jovem professor ansiava torna-se um tempo à míngua, enquanto, juntamente com Baiôa, tenta lutar contra a desertificação de um mundo condenado. Num romance que tanto tem de poético como de irónico, repleto de personagens memoráveis e de exuberância imaginativa, e construído como uma teia que se adensa ao ritmo da leitura, Rui Couceiro põe frente a frente dois mundos antagón! icos, o urbano e o rural, e duas gerações que se encontram a meio caminho, sobre o pó que ali se tinge de vermelho, o mais novo à espera, o mais velho sem data para morrer.
SOBRE O AUTOR
Rui Couceiro
Nasceu no Porto em 1984. É licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e tem uma pós-graduação em Estudos Culturais. Orgulha-se de ter crescido de joelhos esfolados, em Espinho. Foi campeão nacional de voleibol em todos os escalões de formação e considera que o desporto foi a sua principal escola. Durante a adolescência, decidiu que queria ser jornalista e, aos quinze, começou um percurso de oito anos numa rádio local. Estagiou na SIC e foi correspondente da LUSA, até perceber, em 2006, que afinal não queria o jornalismo, mas sim apostar noutra paixão – os livros. Foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora durante dez anos, até que, em 2016, assumiu funções de editor na Bertrand, tendo desde então a seu cargo a chancela Contraponto. Nos últimos anos, reatou colaborações com a comunicação social: primeiro, partilhou com a escritora Filipa Martins a autoria e apresentação do programa «A Biblioteca de», na rádio Renascença; atualmente, escreve para o site da revista Visão. É, desde 2021, membro do Conselho Cultural da Fundação Eça de Queiroz. Abandonou uma tese de doutoramento em Estudos Culturais, para escrever este romance.