FAQs
Para mais esclarecimentos sobre Manuais Escolares, sugerimos a consulta da área de FAQs.
COMO SE FAZ UM MANUAL ESCOLAR?
Para nos comunicar um eventual erro, gralha ou defeito que tenha detetado numa das nossas obras, preencha, por favor, o formulário que a seguir se apresenta.
Os seus dados pessoais são recolhidos única e exclusivamente para a finalidade de reportar anomalias detetadas em edições de âmbito escolar (manuais, auxiliares, dicionários, multimédia educativo).
Os dados pessoais não serão fornecidos a terceiros ou utilizados para qualquer outro fim que não o especificado, sendo conservados apenas pelo período necessário para a finalidade em causa, no estrito cumprimento com a legislação aplicável em matéria de proteção de dados pessoais.
Sem prejuízo de reclamação para a CNPD, poderá em qualquer momento apresentar as suas questões, assim como exercer os seus direitos de acesso, retificação, oposição, limitação ou eliminação, quando o tratamento não cumpra o disposto na lei.
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As questões que a seguir se apresentam não são exclusivas da realidade portuguesa, sendo comuns em países com sistemas educativos mais avançados, como os Estados Unidos da América ou a Finlândia.
Cabe ao Ministério da Educação definir os conteúdos programáticos de cada disciplina/ano, embora cada editora adote a abordagem que acredita ser a mais eficaz na sala de aula. No processo de criação de um manual escolar, recorre-se a investigações e processos de experimentação exaustivos que envolvem os alunos e grupos de trabalho, no sentido de determinar os conteúdos que a obra terá de integrar. Depois, com o saber e a experiência de ensino dos autores, da equipa editorial e dos consultores científicos e pedagógicos, os conteúdos são elaborados, tendo em conta o nível de escolaridade a que se destinam, a inclusão dos conceitos básicos que os alunos devem aprender e a sua adaptação a diversos estilos e métodos pedagógicos, de modo a permitir um ensino e uma aprendizagem eficientes.
A elaboração de um manual é, sobretudo, um trabalho de equipa, orientado pelas diretrizes programáticas, definidas pelo Ministério da Educação, para cada disciplina e ano de escolaridade. É neste contexto que autores, especialistas e outros profissionais concebem um projeto de manual, definem a metodologia a adotar e produzem o original. As editoras reúnem equipas de técnicos editoriais, revisores, consultores científicos e pedagógicos que avaliam o original apresentado, na perspetiva do rigor científico, da adequação da linguagem e da abordagem pedagógica ao nível de ensino correspondente, bem como da sua conformidade com o currículo oficial.
Antes de mais, é importante esclarecer que a edição de livros escolares é um processo extremamente complexo. Todas as páginas de uma obra passam por muitas mãos, desde autores, editores, revisores e consultores científicos a designers, paginadores, ilustradores e desenhadores, entre outros intervenientes.
Este processo permite uma revisão profunda e detalhada dos textos e dos elementos que os ilustram ou acompanham - mapas, tabelas, gráficos, equações e fórmulas. No entanto, ainda assim, verifica-se, por vezes, a existência de alguns erros.
Normalmente, os utilizadores dos livros comunicam três tipos de erros.
No primeiro grupo incluem-se os erros ortográficos, que muitas vezes, podem resultar da ocorrência das chamadas gralhas.
No segundo grupo encontram-se as questões relativas à exatidão dos dados. Estes erros são muito raros em manuais escolares, dado que qualquer informação, antes de ser incluída numa obra, é sempre verificada e confirmada junto das mais diversas fontes.
Frequentemente, também se verifica que aquilo que aparece como um erro, é apenas uma incorreção devida a falha na impressão, como, por exemplo, a troca de algarismos numa data ou a solução para uma questão ou problema indevidamente colocada.
O último grupo engloba tudo aquilo que pode ser reportado como erro mas que, na verdade, tem apenas a ver com diferentes interpretações dos factos. Tomemos como exemplo as diferentes interpretações que existem em torno do episódio do Tratado de Tordesilhas. O Tratado, celebrado entre D. João II, rei de Portugal, e os Reis Católicos, em 1494, estabelecia a divisão do mundo em duas zonas de influência, uma portuguesa e a outra espanhola. A assinatura do tratado seria o culminar de um longo processo negocial entre Portugal e Castela pela posse das terras descobertas. Há quem defenda que existia uma política de sigilo por parte de D. João II, que saberia da existência de novos territórios na zona de influência portuguesa, mas há quem entenda que o acordo nasceu sem qualquer suspeita do que estaria para lá dos limites definidos. Episódios como este, objeto de diferentes leituras, poderão suscitar alguma controvérsia junto do público que utiliza os manuais.
A equipa editorial envolvida na edição de um manual escolar procura, logo na fase inicial do processo de execução gráfica, detetar e corrigir eventuais problemas no campo dos conteúdos, com vista a que as primeiras provas com texto e imagens saiam o mais perfeitas possível, mesmo que não sejam ainda as versões definitivas do livro.
O processo de controlo e verificação da qualidade do manual continua após estas primeiras provas. Revisores e consultores científicos analisam a obra detalhadamente, verificam cada referência, cada elemento ilustrativo, e propõem eventuais correções ou alterações. É também na fase de produção que as associações de professores, sociedades científicas e outras entidades devidamente credenciadas contribuem com sugestões de alterações ou correções. Todos os erros identificados ao longo deste processo são corrigidos e os manuais seguem para impressão e posterior distribuição nas escolas.
Se, apesar de tudo, durante a utilização dos mesmos por parte de professores e alunos, forem detetados erros que tenham escapado às anteriores revisões, a respetiva correção é introduzida na reimpressão seguinte.
Todos os erros são sempre corrigidos. O processo é contínuo e inicia-se imediatamente após a sua deteção, embora exija um determinado tempo de execução. Mas todos os erros são corrigidos. Verifica-se, no entanto, e com alguma frequência, que quem deteta o erro e alerta para a sua existência acaba por não confirmar se o mesmo foi corrigido, mantendo a perceção de que o erro persiste e que não houve correção.
As editoras introduzem as correções com a maior brevidade possível. No entanto, há fatores que condicionam a entrada no mercado das edições escolares, como, por exemplo, o calendário escolar ou o ciclo das adoções de manuais. Por isso, embora a introdução das correções esteja assegurada, ela só irá refletir-se numa reimpressão posterior.
A indústria editorial escolar investe continuamente nas mais modernas tecnologias e recorre a corretores ortográficos avançados, mas há questões que a tecnologia ainda não consegue solucionar. O trabalho de criação e edição necessário à elaboração de um manual escolar requer uma intervenção que nenhum sistema automatizado consegue substituir. Tomemos como exemplo a frase: "A Terra é plana" - qualquer programa de verificação ortográfica e gramatical consideraria esta frase correta, mas só uma pessoa pode concluir que o conceito está errado.
Embora as editoras confiem nos autores e nos especialistas com quem colaboram na edição de manuais escolares, porque o processo de edição é extremamente complexo e moroso, reconhecem que podem ocorrer erros. Os editores são os primeiros interessados em promover os melhores índices de qualidade das obras que destinam ao ensino, procurando eliminar uma indesejável ocorrência de erros. Por isso, reconhecem também que, neste processo, a colaboração dos leitores que utilizam os manuais é indispensável. Assim, se a deteção de qualquer deficiência for comunicada à editora, isso permitir-lhe-á aperfeiçoar os materiais educativos que produz.