Último Caderno de Lanzarote
O diário do ano do Nobel
Formatos disponíveis
SINOPSE
A 8 de outubro de 1998 soubemos que José Saramago era o vencedor do Prémio Nobel de Literatura. A 8 de outubro de 2018 celebramos essa data com a publicação de um inesperado inédito do escritor, o sexto e derradeiro volume dos seus diários, Último Caderno de Lanzarote.
«Duas razões me levaram, mais ou menos conscientemente, a escrever um diário: em primeiro lugar, a circunstância de ter saído do meu país para viver nesta ilha distante; em segundo lugar, a necessidade, que nunca experimentara antes, de “reter” o tempo, de o obrigar, por assim dizer, a deixar o maior número possível de sinais da sua passagem. Cadernos de Lanzarote é como uma longa carta enviada àqueles que ficaram no outro lado, mas é também um modo (vão, inútil, quem sabe mesmo se desesperado...) de fingir prolongar a vida por uma obstinada “escrituração” dos dias. Os Cadernos não são um laboratório, embora não faltem neles reflexões sobre o “fazer” literário; não são um registo dos casos do mundo, embora abundem os comentários sobre a atualidade; não são uma coleção de dados para uma futura biografia, embora vão dizendo o que faço e o que penso. Como todo o diário (como toda a escrita), os Cadernos de Lanzarote são um exercício narcisista, mas, contra o que geralmente se crê, Narciso nem sempre gosta do que vê no espelho em que se contempla...»
«Duas razões me levaram, mais ou menos conscientemente, a escrever um diário: em primeiro lugar, a circunstância de ter saído do meu país para viver nesta ilha distante; em segundo lugar, a necessidade, que nunca experimentara antes, de “reter” o tempo, de o obrigar, por assim dizer, a deixar o maior número possível de sinais da sua passagem. Cadernos de Lanzarote é como uma longa carta enviada àqueles que ficaram no outro lado, mas é também um modo (vão, inútil, quem sabe mesmo se desesperado...) de fingir prolongar a vida por uma obstinada “escrituração” dos dias. Os Cadernos não são um laboratório, embora não faltem neles reflexões sobre o “fazer” literário; não são um registo dos casos do mundo, embora abundem os comentários sobre a atualidade; não são uma coleção de dados para uma futura biografia, embora vão dizendo o que faço e o que penso. Como todo o diário (como toda a escrita), os Cadernos de Lanzarote são um exercício narcisista, mas, contra o que geralmente se crê, Narciso nem sempre gosta do que vê no espelho em que se contempla...»
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DETALHES DO PRODUTO
Último Caderno de Lanzarote
ISBN:
978-972-0-03128-0
Edição/reimpressão:
10-2018
Editor:
Porto Editora
Código:
03128
Coleção:
Obras de José Saramago
Idioma:
Português
Dimensões:
142 x 210 x 20 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
272
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros > Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
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