Limiar dos Pássaros (eBook)
SINOPSE
Como escreve Pedro Eiras, no seu prefácio a esta edição, este é um «Livro áspero, de paraísos perdidos. Cito, quase ao acaso. De «Limiar dos pássaros», primeiro andamento do livro — ou extenso poema ininterrupto: «A corrosiva música das vogais que te devora / o silêncio do muro / às vezes quase azul / o verão afinal onde o ar é mais duro». De «Verão sobre o corpo», segundo andamento, em prosa: «esta noite entre as pernas o ritual não será lábio a lábio nas paredes húmidas dos flancos introduzirei uma pequena variante oh bem pequena repara nesta agulha cravá-la-ei devagar nesses olhos onde contemplo». E de «Rente à fala», terceira e última parte, trinta breves poemas numerados: «2. Entre a memória e a ruína do olhar / em qualquer parte esquecido o sabor / da mão sobre o ombro vendo cintilar / a pedra o tempo só de arder / o vento a memória em ruína o olhar».
Eis o paraíso perdido no tempo: corrosão, devoração, dureza das coisas, o cegar dos olhos (do outro? de si próprio, como Édipo?) e a «ruína do olhar». Não é fácil dizer qual barbárie gera, neste tempo, a mortalidade das coisas; e se estes poemas sugerem a existência de uma história pessoal, anterior ao texto, história amorosa ou filial, profundamente encriptada e secreta, disso nada saberemos, nem importa. Importam, sim, as ruínas do tempo, obsessivas: ruínas do paraíso.»
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Limiar dos Pássaros
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