Geografia do Caos
SINOPSE
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Trata-se de um livro feito a dois. De um lado, com fotografias de Duarte Belo. Do outro, com poemas de Nuno Júdice. Nesta dança a dois, quem conduz são as fotografias. Mas os poemas avançam paralelamente numa espécie de autonomia As fotografias de Duarte Belo são reproduções de figuras do período romano, em mármore ou calcário, e que se encontram, de maneira geral, no inventário do Museu de Silves ou do Museu de Faro. Pelo meio, temos uma espécie de parênteses a cores, com imagens actuais de Faro, da Praia da Rocha, de Monte Choro, do Alvor[...] Que sentido ganha neste contexto a intervenção de Nuno Júdice? São poemas diferentes daqueles a que nele estamos habituados, porque executam uma série de incisões no mundo. [...] O que Nuno Júdice pretende é tocar o centro das coisas, quer como o elemento expansivo de um qualquer 'big bang', quer como o núcleo puro, virginal, nupcial e não contaminado das coisas tal como as vemos em nosso redor. [...] "Eis um livro que nos faz rodar para o essencial: uma fotografia pode ser uma bilha de água. Uma bilha de água pode dar forma a um verso. As formas deslocam-se como rostos apagados e iluminam-se no olhar para o céu. O mar anda sempre perto, mesmo quando fica longe da terra."
Eduardo Prado Coelho, Público, Mil Folhas
da árvore que perdeu as raízes, e se funde
com a memória que devasta o vazio
destes rostos, refloresce: flores
de sal, captando um vento de naufrágio,
a que se junta o murmúrio pensativo
das folhas.
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