Ensaio sobre a Cegueira

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SINOPSE

Um homem fica cego, inexplicavelmente, quando se encontra no seu carro no meio do trânsito. A cegueira alastra como «um rastilho de pólvora». Uma cegueira coletiva.
Romance contundente. Saramago a ver mais longe. Personagens sem nome. Um mundo com as contradições da espécie humana. Não se situa em nenhum tempo específico. É um tempo que pode ser ontem, hoje ou amanhã. As ideias a virem ao de cima, sempre na escrita de Saramago. A alegoria. O poder da palavra a abrir os olhos, face ao risco de uma situação terminal generalizada. A arte da escrita ao serviço da preocupação cívica.

Caligrafia da capa por Chico Buarque
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

O título que o ponha outro
Rúben Silva Pinho | 2024-04-16
Saramago apresenta em “Ensaio sobre a Cegueira”, com a sua prosa de estilo único, uma obra literária que concentra em si o que há de melhor, e pior na humanidade. Através de uma epidemia de cegueira branca, o dito “mal-branco” que assola toda a sociedade, o autor explora não só uma cegueira física, mas também espiritual, destacando a incapacidade das instituições religiosas suprirem as necessidades do povo. O Prémio Nobel da Literatura guia o leitor por um cenário distópico, onde a sociedade vê-se obrigada a fazer da voz vista. Contudo, os contornos da diegese são tecidos à margem de um grupo muito específico: o médico oftalmologista, que deixou de ter olho para a coisa; a mulher do médico, personificação mais antagónica do provérbio – “em terra de cegos, quem tem um olho é rei” – não poderia existir, visto que assume mais o nobre e altruísta papel de servir o próximo do que reinar; o primeiro cego, para tudo há uma primeira vez; a mulher do primeiro cego; o velho da venda preta; a mulher dos óculos escuros, eterno espírito maternal, e por fim, o rapazinho estrábico. Apesar de, como um todo, não partilharem do mesmo sangue, partilham da mesma cegueira, que os une como se fossem uma verdadeira família. Através destas personagens, Saramago mostra a essência da compaixão e a importância de, parafraseando o próprio, olhar, ver, e reparar. O autor assume um papel de narrador omnisciente, proporcionando ao leitor uma visão abrangente e criativa, mantendo as suas personagens ao longo de toda a obra, mesmo em cenários hipotéticos, consistentes tanto em ações como em pensamentos. A cegueira espiritual é dada pelo simbolismo das vendas brancas nos olhos das imagens sacras, sugerindo que as instituições religiosas estão cegas para as necessidades e sofrimento das pessoas, estando incapaz de as acudir. Esta associação entre igreja e povo é bastante significativa, especialmente vinda de Saramago, um ateu declarado, porque reitera a tese de que a religião e os seus deuses são uma mera extensão dos humanos, uma criação da mente, e questiona a utilidade da fé na igreja em momentos de crise. Saramago serve o leitor com a sua escrita fluída, nas suas múltiplas vírgulas, convivem, em simbiose, comentários irónicos e reflexões pessoais interessantíssimos que, a par e passo de uma prosa refinada, dá a conhecer até os mais profundos dos pensamentos das personagens. Fá-lo tão bem, que transcende o próprio leitor a seu parceiro de conversa. Entenda-se como exemplo o próprio título deste texto, inspirado na expressão ousada e despreocupada do autor: “…água mole em brasa viva tanto dá até que apaga, a rima que a ponha outro”, que demonstra como Saramago brinca com as palavras e cria um discurso envolvente. Concluindo, "Ensaio sobre a Cegueira" é uma obra que se destaca pela temática pertinente e forma como está escrita. José Saramago presenteia o mundo com uma obra literária impactante e profundamente humanista. Acima de tudo, este livro fala de compaixão, de ver o próximo, num mundo que por vezes, faz-se de cego, talvez a pior cegueira que possa existir.
Adorei!
Sofia Coimbra | 2024-01-21
O SEGUNDO LIVRO QUE LEIO DO SARAMAGO. UM ESCRITOR COM UMA FORMA PRÓPRIA DE ESCREVER QUE NÃO AGRADA A TODOS… ADOREI A HISTÓRIA! INCRÍVEL! ESCREVE SEMPRE ALGO FORA DA CAIXA E QUE NOS DEIXA A PENSAR.

DETALHES DO PRODUTO

Ensaio sobre a Cegueira
de José Saramago
ISBN: 978-972-0-04683-3
Edição/reimpressão: 01-2015
Editor: Porto Editora
Código: 04683
Idioma: Português
Dimensões: 142 x 210 x 21 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 346
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Romance

sobre José Saramago

Prémio Nobel de Literatura, 1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.
As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»
Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.
No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.
Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.
Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.
No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.
No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.
José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou postumamente, a 16 de novembro de 2021, José Saramago com o grande-colar da Ordem de Camões, pelos "serviços únicos prestados à cultura e à língua portuguesas", no arranque das comemorações do centenário do nascimento do escritor.
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