A Estrada do Esquecimento e outros contos

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SINOPSE

A presente edição, que tem o título «A Estrada do Esquecimento e outros contos», reúne um conjunto de narrativas de Fernando Pessoa das quais 20 se encontravam ainda inéditas. Pretende-se, deste modo, dar continuidade à anterior edição, «O Mendigo e Outros Contos», e contribuir para o conhecimento de uma área da obra do autor que se tem revelado mais vasta do que inicialmente se imaginou.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

A estrada da velocidad
Rui Gil | 2022-05-16
O Pessoa circulava? Se imaginar-mos várias soluções como por exemplo - o papel de alguém como figura única - como qualquer ideia de viagem de entrada e saída, de um só sentido, de uma só direção, Pessoa sem o fazer sair do lugar continuava a segurar na cabeça cada objecto consagrado que armazenou durante o dia - o chapéu. Ora, essas ideias que cada escrita compensa dormem em qualquer lugar, no fundo repousam no passageiro, aqui e além. Num sentido mais esclarecido, o raciocínio tem o poder de suspender a velocidade, num segundo a memória. É neste sentido - próprio do Pessoa - , homem de humor, que o próprio ocupa o lugar pretendido, não aqui nem além, mas recorda no interior da cabeça objectos desaparecidos.
Pessoa Desconhecido
João Alexandre Mateus | 2016-01-10
Mais uma importante peça para a descoberta de um Pessoa cada vez mais misterioso

DETALHES DO PRODUTO

A Estrada do Esquecimento e outros contos
de Fernando Pessoa
ISBN: 978-972-37-1814-0
Edição/reimpressão: 03-2015
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79402
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 205 x 20 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 256
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Contos

sobre Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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