Pergunta para 100 000 €: como funcionam os adolescentes?
Tem em casa um adolescente que parece um vulcão sempre pronto a explodir? Um adolescente que adora correr riscos e questionar as decisões dos adultos? Que não planeia, nem controla as suas ações? Então, o artigo que se segue poderá ajudá-lo a compreendê-lo melhor e a agir de uma forma mais eficaz!
Tem em casa um adolescente que parece um vulcão sempre pronto a explodir? Um adolescente que adora correr riscos e questionar as decisões dos adultos? Que não planeia, nem controla as suas ações? Então, o artigo que se segue poderá ajudá-lo a compreendê-lo melhor e a agir de uma forma mais eficaz!
A adolescência pode ser entendida como o período etário compreendido entre os 13 e os 18 anos. A puberdade antecede a adolescência e está mais associada a fatores hormonais, ao passo que esta última está mais relacionada com fatores neurobiológicos.
Um adolescente é mais facilmente saudável se tiver tido uma infância e uma puberdade saudáveis, na medida em que é o reflexo de todas as competências, habilidades e comportamentos que desenvolveu desde o seu nascimento.
Frequentemente, os adolescentes são apelidados de egoístas, rebeldes e inconscientes. Importa reter que, quando tal acontece, isto não ocorre por vontade própria, sabendo-se atualmente que existe uma componente neurobiológica que explica o seu comportamento. Pesquisas e descobertas ao nível das neurociências permitem uma compreensão mais clara das transformações que ocorrem no cérebro nesta faixa etária, produzindo-se hormonas e neurotransmissores que potenciam determinados comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Entender o que se passa no cérebro do adolescente é fundamental para o orientar e educar
Na adolescência, o cérebro apresenta uma estrutura chamada amígdala, que faz parte do sistema límbico e que está aumentada, a qual é responsável pelas reações mais emocionais em detrimento das racionais. Esta região subcortical é a região que ajuda a consolidar a memória e os impactos sociais. Processa as emoções fortes, tais como alterações de humor, agressividade e comportamentos sociais mais gregários. Pelo facto de esta região estar aumentada, a busca desenfreada do prazer é prioritária.
Quando falamos no desenvolvimento cerebral dos adolescentes, é importante também falar na zona pré-frontal. Esta região, cujo amadurecimento só termina por volta dos 30 anos, é aquela em que se processa o controlo mais racional de impulsos, a flexibilidade mental, a motivação e as tomadas de decisão. Como esta área ainda não está amadurecida, a procura de excitação e novidades ganha terreno em detrimento da ponderação e controlo dos impulsos. O pré-frontal é também responsável por competências mais elaboradas ao nível das relações interpessoais, pela linguagem e pelo raciocínio lógico. Atendendo ao que foi referido, cabe aos pais e à escola ajudar os adolescentes a tomarem decisões, dado que se trata de um processo bastante difícil para eles.
Face ao exposto, é mais fácil compreender por que motivo os adolescentes andam continuamente em busca do prazer, ponderando pouco os seus comportamentos. Para eles, o importante é o aqui e agora, sendo o futuro algo muito distante, em que nem vale a pena pensar. Dizer a um adolescente para estudar de forma a ter um emprego melhor no futuro, ou mesmo a estudar diariamente para passar no final do ano ou para ganhar um computador novo é algo pouco motivador, pois eles desejam uma recompensa rápida. O seu cérebro é movido pelo aqui e agora, pelo prazer imediato.
As características cerebrais aqui descritas deixam uma certeza: apesar de, fisicamente, muitos adolescentes parecerem quase adultos, precisam de ser muito orientados, pois como diria a neurocientista Sarah-Jayme B. “A educação molda o cérebro adolescente”. Ao adulto cabe então a orientação, a imposição de limites claros, a reflexão conjunta, a pesquisa das informações corretas e o saber dizer “não”. Aos adultos cabe ainda a compreensão e a tolerância, mas nunca a permissividade. Sem comandante, os adolescentes tornam-se barcos sem rumo!
Clique aqui para ver a evolução de um cérebro adolescente.
Tem em casa um adolescente que parece um vulcão sempre pronto a explodir? Um adolescente que adora correr riscos e questionar as decisões dos adultos? Que não planeia, nem controla as suas ações? Então, o artigo que se segue poderá ajudá-lo a compreendê-lo melhor e a agir de uma forma mais eficaz!
A adolescência pode ser entendida como o período etário compreendido entre os 13 e os 18 anos. A puberdade antecede a adolescência e está mais associada a fatores hormonais, ao passo que esta última está mais relacionada com fatores neurobiológicos.
Um adolescente é mais facilmente saudável se tiver tido uma infância e uma puberdade saudáveis, na medida em que é o reflexo de todas as competências, habilidades e comportamentos que desenvolveu desde o seu nascimento.
Frequentemente, os adolescentes são apelidados de egoístas, rebeldes e inconscientes. Importa reter que, quando tal acontece, isto não ocorre por vontade própria, sabendo-se atualmente que existe uma componente neurobiológica que explica o seu comportamento. Pesquisas e descobertas ao nível das neurociências permitem uma compreensão mais clara das transformações que ocorrem no cérebro nesta faixa etária, produzindo-se hormonas e neurotransmissores que potenciam determinados comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Entender o que se passa no cérebro do adolescente é fundamental para o orientar e educar
Na adolescência, o cérebro apresenta uma estrutura chamada amígdala, que faz parte do sistema límbico e que está aumentada, a qual é responsável pelas reações mais emocionais em detrimento das racionais. Esta região subcortical é a região que ajuda a consolidar a memória e os impactos sociais. Processa as emoções fortes, tais como alterações de humor, agressividade e comportamentos sociais mais gregários. Pelo facto de esta região estar aumentada, a busca desenfreada do prazer é prioritária.Quando falamos no desenvolvimento cerebral dos adolescentes, é importante também falar na zona pré-frontal. Esta região, cujo amadurecimento só termina por volta dos 30 anos, é aquela em que se processa o controlo mais racional de impulsos, a flexibilidade mental, a motivação e as tomadas de decisão. Como esta área ainda não está amadurecida, a procura de excitação e novidades ganha terreno em detrimento da ponderação e controlo dos impulsos. O pré-frontal é também responsável por competências mais elaboradas ao nível das relações interpessoais, pela linguagem e pelo raciocínio lógico. Atendendo ao que foi referido, cabe aos pais e à escola ajudar os adolescentes a tomarem decisões, dado que se trata de um processo bastante difícil para eles.
Face ao exposto, é mais fácil compreender por que motivo os adolescentes andam continuamente em busca do prazer, ponderando pouco os seus comportamentos. Para eles, o importante é o aqui e agora, sendo o futuro algo muito distante, em que nem vale a pena pensar. Dizer a um adolescente para estudar de forma a ter um emprego melhor no futuro, ou mesmo a estudar diariamente para passar no final do ano ou para ganhar um computador novo é algo pouco motivador, pois eles desejam uma recompensa rápida. O seu cérebro é movido pelo aqui e agora, pelo prazer imediato.
As características cerebrais aqui descritas deixam uma certeza: apesar de, fisicamente, muitos adolescentes parecerem quase adultos, precisam de ser muito orientados, pois como diria a neurocientista Sarah-Jayme B. “A educação molda o cérebro adolescente”. Ao adulto cabe então a orientação, a imposição de limites claros, a reflexão conjunta, a pesquisa das informações corretas e o saber dizer “não”. Aos adultos cabe ainda a compreensão e a tolerância, mas nunca a permissividade. Sem comandante, os adolescentes tornam-se barcos sem rumo!
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