Harmonia
Nas palavras do seu autor, «É provável que aquilo que, subterraneamente, palpite neste livro seja uma modesta teoria sobre o ser humano, mas sem qualquer pretensão lógica ou sistemática. (A citação de Jung, que está no início do livro, é uma crítica severa às atitudes puramente racionalistas.) Estes textos têm também uma premeditada e radical simplicidade que não é passível de, enganadoramente, ser confundida com ingenuidade, desafinada como está hoje a nossa sensibilidade ante o pensamento dominante e a libérrima, mas oca, expressão das formas e dos conteúdos literários.
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Estes Três Tratados da Harmonia são, de entre os meus livros, aqueles que prefiro. Por vezes, naquele momento em que o leitor anónimo me pede que lhe recomende um só dos meus livros, eu costumo sugerir-lhe estes Tratados. Porquê? Talvez porque eles formam uma obra que revela muito bem o escritor que, essencialmente, eu quis ser [...]» [Antonio Colinas]