Vai nascer um irmão! – 5 dicas de tranquilidade
Diz-se, muitas vezes, que um irmão é a maior alegria que se pode dar a um filho. E não há dúvida de que o nascimento de um filho é um momento de felicidade para toda a família, incluindo os irmãos, se estes já existirem. Mais tarde, a maioria dos irmãos tornam-se melhores amigos. Mas também é verdade que o nascimento de um filho pode gerar ansiedade aos pais e aos irmãos, afinal, é uma grande mudança na vida e nas rotinas da família!
Dicas que podem ajudar os filhos mais velhos a sentirem-se valorizados e envolvidos neste momento tão importante.
Uma criança, sobretudo se deixa ser filho único, pode experimentar sentimentos muito contraditórios. Por um lado, fica entusiasmada com o nascimento do irmãozinho ou da irmãzinha e já se imagina no papel de irmão mais velho, a pegar ao colo, dar de comer e ensinar a andar de bicicleta. Por outro lado, pode recear perder a atenção dos pais, e é esse medo que gera os ciúmes e os comportamentos que visam chamar a atenção, por vezes de forma inconsciente, nomeadamente, a regressão na autonomia (voltar a usar fraldas, chupeta, biberão, utilizar linguagem mais infantil) e as birras.
É importante salientar que estes sentimentos que a criança manifesta são normais e transitórios, correspondendo a uma fase de adaptação a esta nova realidade. Nunca se deve condenar a criança pelo que sente nem castigar esses comportamentos.
Há algumas medidas que podem ajudar os filhos mais velhos a sentirem-se valorizados e envolvidos neste momento tão importante:
1. Durante a gravidez, envolva os filhos mais velhos na chegada do irmão. Dentro do possível, deixe-os fazer parte dos preparativos, como a escolha do nome, a decoração do quarto e as mudanças em casa.
2. Nas últimas semanas antes do parto, algumas das tarefas por si realizadas, que fazem parte das rotinas dos filhos mais velhos, podem ser assumidas pelo pai, para evitar mudanças extremas no momento do nascimento do bebé.
3. Já em casa, os filhos mais velhos podem ser incluídos nas rotinas do bebé, mais uma vez, na medida do possível. Colaborar nas tarefas, de acordo com a idade e capacidade de cada um, como dar banho, trocar a fralda ou mudar a roupa, pode ajudar a que se sintam mais crescidos e responsáveis.
4. Também é importante que os pais reservem algum tempo a sós com os filhos mais velhos, para que sintam que, mesmo com o bebé, estes continuam a ter tempo para eles. Bastam atividades simples, como ler uma história, dar um passeio ou simplesmente brincar.
5. Por último, é importante conversar e ouvir as crianças, sem hipervalorizar ou menosprezar os seus sentimentos. Explicar que o irmão mais novo é pequenino e que por isso precisa de mais cuidados parece óbvio para os adultos, mas este esclarecimento ajudará a compreender a razão de tanta dedicação e de tantos cuidados ao elemento da família recém-chegado.
Estes são alguns conselhos que poderão ajudá-lo, mas o principal é agir com naturalidade. Na maior parte das vezes, a adaptação decorre com tranquilidade, e os conflitos dão lugar a sentimentos muito mais felizes. Com a paciência e o carinho dos pais, estas crises passarão rápido, e o irmão pequenino tornar-se-á a companhia mais especial do mundo.
Mariana Capela - Médica-pediatra no Hospital dos Lusíadas do Porto
E-mail
: marianacarvalhocapela@gmail.com
Instagram
: @pediatriatrocadapormiudos
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Diz-se, muitas vezes, que um irmão é a maior alegria que se pode dar a um filho. E não há dúvida de que o nascimento de um filho é um momento de felicidade para toda a família, incluindo os irmãos, se estes já existirem. Mais tarde, a maioria dos irmãos tornam-se melhores amigos. Mas também é verdade que o nascimento de um filho pode gerar ansiedade aos pais e aos irmãos, afinal, é uma grande mudança na vida e nas rotinas da família!
Uma criança, sobretudo se deixa ser filho único, pode experimentar sentimentos muito contraditórios. Por um lado, fica entusiasmada com o nascimento do irmãozinho ou da irmãzinha e já se imagina no papel de irmão mais velho, a pegar ao colo, dar de comer e ensinar a andar de bicicleta. Por outro lado, pode recear perder a atenção dos pais, e é esse medo que gera os ciúmes e os comportamentos que visam chamar a atenção, por vezes de forma inconsciente, nomeadamente, a regressão na autonomia (voltar a usar fraldas, chupeta, biberão, utilizar linguagem mais infantil) e as birras.
É importante salientar que estes sentimentos que a criança manifesta são normais e transitórios, correspondendo a uma fase de adaptação a esta nova realidade. Nunca se deve condenar a criança pelo que sente nem castigar esses comportamentos.
Há algumas medidas que podem ajudar os filhos mais velhos a sentirem-se valorizados e envolvidos neste momento tão importante:
1. Durante a gravidez, envolva os filhos mais velhos na chegada do irmão. Dentro do possível, deixe-os fazer parte dos preparativos, como a escolha do nome, a decoração do quarto e as mudanças em casa.
2. Nas últimas semanas antes do parto, algumas das tarefas por si realizadas, que fazem parte das rotinas dos filhos mais velhos, podem ser assumidas pelo pai, para evitar mudanças extremas no momento do nascimento do bebé.
3. Já em casa, os filhos mais velhos podem ser incluídos nas rotinas do bebé, mais uma vez, na medida do possível. Colaborar nas tarefas, de acordo com a idade e capacidade de cada um, como dar banho, trocar a fralda ou mudar a roupa, pode ajudar a que se sintam mais crescidos e responsáveis.
4. Também é importante que os pais reservem algum tempo a sós com os filhos mais velhos, para que sintam que, mesmo com o bebé, estes continuam a ter tempo para eles. Bastam atividades simples, como ler uma história, dar um passeio ou simplesmente brincar.
5. Por último, é importante conversar e ouvir as crianças, sem hipervalorizar ou menosprezar os seus sentimentos. Explicar que o irmão mais novo é pequenino e que por isso precisa de mais cuidados parece óbvio para os adultos, mas este esclarecimento ajudará a compreender a razão de tanta dedicação e de tantos cuidados ao elemento da família recém-chegado.
Estes são alguns conselhos que poderão ajudá-lo, mas o principal é agir com naturalidade. Na maior parte das vezes, a adaptação decorre com tranquilidade, e os conflitos dão lugar a sentimentos muito mais felizes. Com a paciência e o carinho dos pais, estas crises passarão rápido, e o irmão pequenino tornar-se-á a companhia mais especial do mundo.
Mariana Capela - Médica-pediatra no Hospital dos Lusíadas do Porto
E-mail : marianacarvalhocapela@gmail.com
Instagram : @pediatriatrocadapormiudos
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