5 erros que os pais divorciados devem evitar cometer

Um divórcio é um período muito conturbado da nossa vida. Estamos envolvidos num turbilhão emocional tão grande, entre amor, zanga, culpa, revolta e medo, que temos até dificuldade em pensar. Podemos estar a fazer sofrer os nossos filhos sem querer. Ficam aqui algumas das coisas que não deve mesmo fazer.

  1. Deixar a criança sentir-se culpada

Em qualquer separação, a criança sente-se muito culpada pelo fim do amor dos pais. Pensa que, se tivesse ido logo para o banho, se tivesse feito os trabalhos de casa e se se tivesse portado bem à mesa, os pais ainda poderiam estar juntos. Diga à sua criança, as vezes que forem necessárias, que não tem culpa, que ninguém tem culpa. Ela é o fruto mais bonito e eterno do amor dos pais.

 

  1. Não cumprir o combinado

Pela primeira vez na vida, a criança não vai sentir a segurança de ter os dois pais em casa, ao final do dia. Ela precisa de saber que, apesar de estarem longe dos olhos, estarão sempre próximos no coração. Se o pai e/ou a mãe chegam atrasados, desmarcam, esquecem o que tinham prometido, desmentem o que prometeram, farão a criança sentir-se perdida, insegura e até rejeitada.

 

  1. Ser demasiado permissivo

Muitas vezes, num divórcio, os pais sentem-se culpados e tentam compensar os filhos, fazendo-lhes todas as vontades. Esta falta de disciplina e de estrutura pode deixar as crianças muito inseguras. A criança pode pensar: “Se eu só tenho 6 anos e consigo fazer o que quero dos meus pais, como é que eles me irão proteger de todos os perigos assustadores que existem lá fora?”. As crianças necessitam de saber que, naquela casa, apesar de viverem apenas com a mãe ou com o pai, qualquer um deles tem força e firmeza suficientes para as proteger, ainda que isso implique obrigá-las a fazer o que não querem. Porque o bem delas está acima de tudo!

 

  1. Desabafar com um filho como se fosse um amigo

Os pais encontram-se muito perdidos e até sozinhos, num divórcio. Necessitam de alguém que os escute e valide os seus sentimentos, por isso, muitas vezes desabafam com os filhos como se fossem amigos adultos ou psicólogos. Nesta fase, os pais devem procurar ajuda psicológica, que lhes permitirá ter uma perspetiva objetiva, descentrada e racional dos problemas. As crianças não têm maturidade para compreenderem a complexidade e as dificuldades de uma relação amorosa. Apenas ficarão mais confusas, perdidas e com sentimentos de ambiguidade perante os pais. Separem o máximo possível todas as questões marido-mulher das questões pai-mãe e centrem-se apenas nas últimas!

 

  1. Tentar ser o preferido

Numa separação, grande parte dos pais têm medo de que os filhos deixem de gostar deles e que o outro seja o predileto. Os ciúmes instalam-se. A verdade é que quase todos nós queremos ser o preferido dos filhos, mas não há pais preferidos. O filho pode preferir jogar futebol com o pai e fazer salames com a mãe, pode preferir a casa da mãe porque tem jardim e a casa do pai porque tem uma televisão de 65 polegadas, mas, na verdade, nada nem ninguém jamais preencherá o vazio e a enorme dor que a ausência de uma mãe ou de um pai causa no coração de um filho. Cada pai terá eternamente o seu lugar único e exclusivo, e os filhos precisam de sentir o seu coração inteiro!

 

E viveram felizes para sempre... em palácios separados 

 

 

 

 

 

 

 

E viveram felizes para sempre... em palácios separados

Este é um livro para crianças com pais separados, mas é também para que as crianças que vivem com os pais sintam empatia e aprendam a gerir os seus medos.

No final, existem sugestões muito úteis de como comunicar às crianças que os pais se vão separar e a que aspetos deverão estar atentos para garantirem o seu bem-estar.

A princesa Violeta encontrou o seu final feliz… e o leitor também vai encontrá-lo!