Mundo Sepúlveda
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SINOPSE

Em fevereiro de 2020, Daniel Mordzinski despediu-se de Luis Sepúlveda com um abraço apertado e as palavras «até breve, irmão». Estavam no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e – sem que o soubessem – a pandemia dava os primeiros passos em Portugal.

Lucho e Daniel não voltaram a ver-se. Na memória ficavam trinta anos de amizade, de histórias, de viagens. E, na gaveta, um sem-número de fotografias.

Mundo Sepúlveda é mais do que uma homenagem. Nele, as fotografias de Mordzinski juntam-se às palavras de Sepúlveda, em textos maioritariamente inéditos, num diálogo entre artes que permite conhecer melhor o autor chileno e os lugares que deram sentido aos seus dias.


«Agora, enquanto ele navega infatigável pelos mares para lá do fim do mundo, penso nas muitas saudades que tenho dele, e recordo a sua generosidade, os seus contínuos gestos de consideração pelo próximo, e sinto-me orgulhoso por ter sido seu amigo, companheiro de tantas viagens e irmão de uma das vozes mais dignas e firmes da literatura.»

Do Prólogo de Daniel Mordzinski

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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

O meu mundo
Ana Candeias | 2024-05-24
O meu mundo cruzou-se com o mundo de Sepulveda em 2000 quando, pelo meu aniversário, o meu colega Mario Soromenho Marques me ofereceu “o velho que lia romances de amor”. Nasceu assim a minha paixão literária por este autor que ficará para sempre comigo. Este Mundo de Sepulveda é o resumo perfeito que faltava. Obrigada Mário por me teres apresentado o Luis.
Que bonita homenagem
Maria José | 2023-04-13
Luís Sepulveda foi um reconhecido romancista que nos deixou cedo demais, pouco tempo depois de ter visitado Portugal, foi uma das primeiras vítimas mediaticas da Covid 19. E esteve bem perto de mim, no festival literário “Correntes d’Escritas”, na cidade da Póvoa de Varzim em 2020.  O mundo perdeu um autor consagrado, mas tem como consolo as suas obras. Este livro não é uma biografia, é uma homenagem sentida ao escritor mas especialmente ao homem. Uma coletânea de textos nunca publicados do autor, acompanhados de fotografias tiradas por Daniel Mordzinsk, um amigo querido do escritor chileno.  Daniel resolveu celebrar, desta forma tão bonita, 30 anos de amizade. E leva-nos com ele nesta viagem de memorias.  Um belíssimo livro de coleção que enriquece qualquer estante ou biblioteca.  Boas leituras! MJ¿¿

DETALHES DO PRODUTO

Mundo Sepúlveda
de Luis Sepúlveda, Daniel Mordzinski
ISBN: 978-972-0-03628-5
Edição/reimpressão: 02-2023
Editor: Porto Editora
Código: 03628
Idioma: Português
Dimensões: 167 x 246 x 16 mm
Encadernação: Capa integral
Páginas: 184
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Outras Formas Literárias

sobre os autores

Foi a 4 de outubro de 1949, na localidade chilena de Ovalle, a mais de 300 km a norte da capital, Santiago, que nasceu Luis Sepúlveda. Filho de um militante do Partido Comunista e proprietário de um restaurante, e de uma enfermeira de origens mapuche (um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina), Luis Sepúlveda cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a admiração de milhões de leitores.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço – que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica –, uma honra que definiu como «uma emoção muito especial».
Para além de romancista, foi realizador, roteirista, jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto, só ficaria cinco meses na capital soviética, uma vez que foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luis Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas. Em Portugal, era presença assídua na Feira do Livro de Lisboa, em sessões de autógrafos onde era bem visível o carinho do público português pelos seus romances, e esteve presente em quase todas as 21 edições do Festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, a última das quais entre 18 e 23 de fevereiro de 2020.
A 29 de fevereiro de 2020, Luis Sepúlveda foi diagnosticado com Covid-19, naquele que seria o primeiro caso de infeção nas Astúrias, e consequentemente internado no Hospital Universitário Central de Astúrias, onde veio a falecer a 16 de abril.
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Daniel Mordzinski nasceu em Buenos Aires em 1960. Ao longo da sua longa carreira como fotógrafo, teve a oportunidade de retratar nomes maiores da literatura contemporânea, como Jorge Luis Borges, Luis Sepúlveda, Almudena Grandes, Gabriel García Márquez, José Saramago, entre tantos outros. O seu trabalho deu origem a mais de uma centena de exposições em todo o mundo.
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