A Internet não é um bicho-papão, mas há cuidados a ter...

Com o início das férias escolares, retorna a preocupação de muitos pais sobre como os filhos ocupam o tempo que agora ficou livre. A Internet e as redes sociais são uma das formas “fáceis” de ocupar este tempo, mas há cuidados a ter…

A utilização da Internet, quer como motor de pesquisa de informação, quer como facilitadora de entretenimento (jogos, YouTube, redes sociais, etc.) pode constituir um ótimo momento de partilha e de fomento da cumplicidade e da comunicação entre pais e filhos.

Muitas vezes, os pais consideram que os filhos sabem mais do que eles de computadores. Contudo, mesmo quando a literacia digital das crianças e jovens parece ser maior do que a do adulto, este deve acompanhá-los nas descobertas que vão fazendo, iniciando-se ele próprio, também, na aprendizagem desta nova e maravilhosa forma de conhecimento quando bem usada.

Vários estudos mostram que cerca de 60% dos pais não têm controlo sobre o uso da tecnologia dos filhos. Dependendo da idade, não é de todo aconselhável que a criança utilize a Internet sozinha, no seu quarto. Para os adolescentes que, na sua maioria, já têm uma elevada literacia digital, faz sentido negociar a sua usabilidade e discutir alguns limites. Conheça algumas dicas que pode aplicar já hoje.

 

Para os mais pequenos…

Cada vez mais crianças utilizam a Internet desde cedo. Seja para jogar, ver vídeos ou como ferramenta de aprendizagem, a Internet já faz parte do seu dia a dia e, em vez de proibir o seu uso, é importante orientá-las para uma utilização adequada, informada e segura.

  • O computador, ou outro dispositivo com acesso à Internet, deve estar num local de uso comum, com o ecrã facilmente visível. Nada melhor que a presença de, pelo menos, um dos pais junto da criança quando esta está a usar a Internet. Claro que o mesmo se aplica a tablets, telemóveis e outros dispositivos.
  • Outro cuidado a ter é com a senha de acesso (a chamada password), que não deve ser do conhecimento da criança. Os pais devem explicar-lhe que a senha é um segredo que não deve ser partilhado com ninguém e que só o partilharão com ela quando for mais crescida.
  • A Internet permite-nos estar a um clique de um mundo vastíssimo de conteúdos, mas nem todos eles são válidos ou inócuos, e as ferramentas de controlo parental permitem restringir o acesso a determinados conteúdos e websites. Conheça duas sugestões gratuitas:

> Google Family Link

O Google Family Link é uma ferramenta de controlo parental que ajuda a administrar as contas e os dispositivos das crianças enquanto elas navegam na Internet. Permite definir regras básicas de utilização a partir do seu dispositivo pessoal, possibilitando que os pais possam controlar, em graus variados (regras diferentes), os dispositivos das crianças e jovens.

Para crianças menores de 13 anos, a aplicação também possibilita criar uma Conta Google para a criança.

DESCARREGAR APLICAÇÃO >>

 

> Qustodio

Esta aplicação é uma das mais completas, e, embora tenha muitos planos pagos, disponibiliza uma versão gratuita. Ela permite supervisionar aplicações e jogos, estabelecer horários de utilização, definir limites diários de utilização de aplicações e de acesso à Internet, controlar os sites que visita, visualizar as pesquisas realizadas no Google e os vídeos assistidos no YouTube.

Há também uma secção de alerta que informa quando o seu filho solicita o acesso a itens filtrados, seja ao tentar entrar num site com uma categoria banida ou que apenas contenha um aviso de que pode ser prejudicial.

SABER MAIS >>

 

Para os adolescentes…

A comunicação entre pais e filhos é imprescindível sobre tudo e também sobre o uso de computadores e outros dispositivos digitais. Promova uma comunicação aberta e franca sobre alguns limites e cuidados que tem de ter, tais como:

  • acesso a sites inadequados (com conteúdos extremistas radicais, pornográficos e outros);
  • que informações pessoais devem e não devem ser partilhadas;
  • questione o adolescente sobre com quem conversa e conhece online (a marcação de encontros com amigos virtuais deve ser evitada. A acontecer, sugira sempre a presença de um adulto);
  • sensibilize para um comportamento responsável, educado e ético. A web não deve ser usada para fazer cyberbullying, difamar, ameaçar ou humilhar outras pessoas.

 

Leia mais sobre os cuidados que os adolescentes devem ter no artigo E no secundário, ainda é preciso ter cuidado com a internet? Conheça as regras essenciais.

 

A maioria dos pais, atualmente, não permite que os seus filhos brinquem na rua, sem supervisão, devido aos perigos que podem correr. O mesmo se passa quando se conectam à Internet, em que se escancara uma porta para um mundo muito maior, com tudo o que há de positivo e de negativo, mais uma vez à distância de um clique.

Para prevenir e evitar situações de risco, o principal cuidado é, como já referimos, utilizar a Internet juntamente com a criança e orientar os mais jovens para a sua correta utilização. Isso não impede que se vá referindo alguns dos cuidados a ter, como não falar com desconhecidos, não aceder a sites não autorizados, não partilhar dados pessoais, como nome, escola, número de telemóvel, por exemplo. Também é importante referir que nem todas as informações online são fiáveis e credíveis, assim como os possíveis amigos virtuais podem não ser quem dizem.

Com os devidos cuidados, a Internet pode ser uma boa ajuda para o sucesso escolar.

 

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