As perguntas dos seus filhos sobre o ensino superior para as quais deve já começar a pensar nas respostas

Seria naturalmente redutor afirmar que a questão do acesso dos nossos filhos ao ensino superior, onde completarão a sua educação/formação, apenas se começa a colocar para eles — e para nós — quando concluem o ensino básico e ingressam no ensino secundário. De facto, esse desafio, a conclusão desejada de um longo processo, começa a construir-se logo bem cedo, ciclo de ensino após ciclo de ensino.

No fundo, o sucesso no acesso ao ensino superior — o curso desejado, na instituição de ensino desejada — é o culminar de um trajeto de crescimento que, nem sempre traduzível em termos quantitativos nos primeiros ciclos de estudos, é, na realidade, uma verdadeira construção das fundações necessárias de um edifício formativo que vai crescendo cada ano.

No entanto, ultrapassado o ensino básico, frequentado e concluído o 10.º ano do curso que optaram por seguir, o 11.º ano é, para os nossos filhos, um ano determinante, que a nós exigirá, igualmente, pelo menos, atenção redobrada.

É que ainda que os cursos científico-humanísticos disponibilizados para o 10.º e 11.º anos sejam de ‘bitola’ relativamente larga, ainda que o binómio curso/escola que os nossos filhos frequentam já possam ter sido objeto de análise/escolha em função das ofertas e dos planos de estudo disponibilizados por cada estabelecimento de ensino, o 11.º ano tem exames à porta — cujos resultados se refletirão nas médias finais — e o 12.º ano à vista.

Muitas vezes, o 11.º ano é, assim, o ano em que os nossos filhos começam a fazer perguntas mais concretas e a fazer contas mais criteriosas.

Como se obtém a aprovação num curso do ensino secundário?
Que curso do ensino secundário é necessário ter para concorrer ao curso do ensino superior que desejo frequentar?
Que disciplinas específicas me exige o curso em que pretendo entrar?
Que exames finais, ou provas de ingresso, vou ter de fazer?
O curso que escolhi exige pré-requisitos?
Ser-me-á exigida uma nota mínima?
Quais têm sido, nos últimos anos, as médias de entrada dos últimos colocados?
Quantas vagas vão ser abertas, e em que instituições?
Será que vou conseguir?

Todos sabemos que hoje a maioria das escolas com ensino secundário disponibiliza a informação necessária para responder a quase todas estas questões, mas isso não deve “libertar” os pais da necessidade de se envolverem, também, nessa busca de respostas e na reflexão que elas desencadeiam.

Dos pais são necessárias, talvez mais do que nunca, a atenção para ouvirem e perceberem as dúvidas dos filhos, a disponibilidade para, com eles, navegarem pelos sítios oficiais do Gabinete de Ingresso no Ensino Superior do Ministério da Educação e os das Universidades — cursos e seus planos, condições, etc. —, consultarem os Guias das Provas de Ingresso e das Candidaturas, a abertura para um diálogo que poderá consubstanciar decisões tão importantes nas suas vidas.

Terei de abandonar a minha casa e ir estudar para outra cidade?
Que prestígio tem este estabelecimento de ensino superior?
O curso que pretendo escolher satisfar-me-á, a todos os níveis?
Que informações devo tentar reunir sobre o curso que vou escolher: disciplinas, programas e natureza das aulas (teóricas ou práticas), duração do curso?
Que saídas profissionais me aguardarão quando o concluir?
Será que vou conseguir?

De novo a mesma pergunta.

Como se lhe responde? Dia a dia.

Antes de mais, com a verdade, a noção da realidade. Aceder ao curso superior que se deseja, na instituição de ensino que se ambiciona frequentar, é um desafio duro, que exigirá trabalho, responsabilidade, afirmação de maioridade.

Depois, com a solidariedade oferecida, através da partilha solidária de um desafio maior que nem sempre se fará apenas de sucessos.

Sempre com a presença desejada, também na busca daquelas soluções que ultrapassam a autonomia dos filhos.

Com o encorajamento, que sabe tão bem ouvir aos pais e que faz crescer nos filhos a dose de autoestima saudável e necessária.

Com amor de pai e de mãe.

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