O meu filho a ler os clássicos? Missão (im)possível!
«E para que serve um livro que não tem gravuras nem conversas?». Assim começa um dos clássicos mais famosos do mundo – Alice no País das Maravilhas – com a pergunta acutilante que os filhos nos fazem quando tentamos, com a melhor das intenções, dar-lhes um livro para ler… E o que respondemos nós?
Porto Editora | 12-10-2021«Alice começava a sentir-se muito cansada por estar sentada no banco, ao lado da irmã, e por não ter nada que fazer. Mais do que uma vez espreitara para o livro que a irmã estava a ler, mas este não tinha gravuras nem conversas… E para que serve um livro que não tem gravuras nem conversas?, pensou Alice.»
Assim começa um dos clássicos mais famosos do mundo – Alice no País das Maravilhas – com a pergunta acutilante que os filhos nos fazem quando tentamos, com a melhor das intenções, dar-lhes um livro para ler… E o que respondemos nós?
> Para aprenderes a língua: quanto mais leres frases e parágrafos bem construídos e contactares com vocabulário, melhor dominarás a língua, a ler, a escrever e a falar.
> Para aprenderes sobre o mundo: ler é viajar sem sair do sofá; contactas com outras pessoas, culturas, países e tradições.
> Para escapares da realidade: ler pode ser um momento pessoal e íntimo, em que mergulhas em universos fictícios, com magia e encantamentos que não se encontram neste mundo e, assim, podes “fugir” para esse espaço só teu.
> Para compreenderes os outros e a ti próprio: os melhores livros exploram o mundo interior do ser humano de tal forma que ficas a conhecer personagens que têm os mesmos pensamentos e passam pelas mesmas tormentas que tu. Nunca estás sozinho!
> Para desenvolveres o teu pensamento crítico: quanto mais conhecimento tens do mundo e das pessoas, melhor será a tua tomada de decisões e o teu papel enquanto cidadão ativo e consciente.
Tarefa árdua essa de incutir hábitos de leitura nas crianças e adolescentes! A verdade é que todas as respostas são válidas, mas há um ingrediente infalível nesta dança entre pais e filhos no que toca a livros: a ligação afetiva. Não se pode obrigar ninguém a ler (aliás, tem o efeito contrário); se os pais leem com regularidade, é meio caminho andado, pois os filhos aprendem muito por imitação, e, se a paixão pelos livros corre na família, a leitura acontece com naturalidade; mas se, mesmo assim, não funciona, só há uma forma: oferecer os livros certos, isto é, aqueles cujos temas sejam do interesse dos miúdos!
E quais são os livros certos? Os clássicos. Ponto final. Porque são os melhores dos melhores, não “apesar de” mas “porque” foram escritos há muito tempo, foram “aprovados” por todos e a sua linguagem e o seu universo são os mais ricos.
Atrevemo-nos a fazer algumas sugestões:
Coleção #Clássicos
A partir dos 9 anos
A partir dos 12 anos
Coleção Clássicos Hoje
A partir dos 15 anos