Aceite o desafio: prepare lanches saudáveis juntamente com o seu filho

As necessidades energéticas variam de acordo com o sexo (masculino ou feminino), dependendo também da estrutura e atividade da criança. O lanche que se leva para a escola deve garantir nutrientes suficientes para todo o dia de aulas.

Os lanches devem ser práticos, simples, completos e equilibrados, uma vez que representam uma refeição intermédia, embora imprescindível. Na hora de preparar o lanche, os pais sentem dificuldade em unir qualidade com praticidade, pois nem sempre o mais prático é o mais saudável nem o preferido da criança. Optar por alimentos energéticos e ricos em vitaminas e minerais é fundamental para garantir que o seu filho esteja concentrado em todas as disciplinas.

Primeiramente, escolha alimentos que possam ser consumidos de forma segura, sem necessitarem de refrigeração contínua. Quando vai ao supermercado, não hesite em despender alguns minutos a consultar o rótulo alimentar. Neste encontra informações úteis, não só sobre a informação nutricional do produto (valor calórico, ingredientes, distribuição dos nutrientes, etc.) mas também sobre a validade e condições de armazenamento e conservação do mesmo.

Utilize a criatividade do seu filho na escolha dos alimentos. Envolvê-lo na decisão e na preparação do lanche ajuda a estimular o seu consumo e confere-lhe alguma autonomia e independência. Proponha um “ritual” de preparação dos lanches no dia anterior ou até no início da semana e planeie em família a ementa para os diversos lanches de cada dia. Garanta que o lanche da manhã não será idêntico ao da tarde (dependendo do horário das aulas), para evitar a monotonia e o desinteresse da criança.

Coloque sempre uma peça de fruta, de preferência da época (morangos e cerejas a partir do 2.o período, por exemplo). Tenha atenção às porções da fruta, pois uma maçã de tamanho médio (100 g aproximadamente) não é equivalente a uma manga inteira ou a um cacho de uvas com mais de oito bagos.

É importante colocar uma fonte de hidratos de carbono (pão ou bolachas, como Maria ou de água e sal). Tenha atenção ao consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, pois, embora sejam práticos, contribuem com um valor calórico muito elevado e pouco saudável. São exemplos: folhados, bolos (croissants, pastéis de nata, bolo de arroz, madalenas, etc.), bolachas com chocolate ou de manteiga, etc.

A melhor opção de bebida para lanchar é o leite simples (meio-gordo ou magro) ou achocolatado, mas atenção à quantidade de açúcar, daí a necessidade de intercalar os dois. Os iogurtes também são ótimas opções, contudo, a lancheira deve ter condições de conservação para garantir a qualidade do produto. Evite os refrigerantes e sumos muito calóricos.

 

ingestão energética
 

Nos dias em que, por algum motivo, o seu filho não consiga levar lanche para a escola, tenha sempre um plano SOS e aconselhe-o sobre as melhores escolhas do bufete/bar. Tente persuadi-lo a fugir das inúmeras “tentações" que são extremamente calóricas (folhados, bolos, refrigerantes, etc.). Escolher pão (com queijo, fiambre ou doce), sumo natural, leite ou iogurte será sempre bem mais saudável.

Os pais não devem, ainda, esquecer a importância da hidratação. Coloque sempre uma garrafa de água na lancheira do seu filho.

Alguns exemplos de lanches:

  • Leite simples ou iogurte de aroma, pão com geleia/compota, ou fiambre, ou queijo (queijinhos fundidos são muito práticos) e uma peça de fruta ou gelatina (atenção à altura do ano, pois, com a aproximação dos dias mais quentes, a gelatina vai perdendo a sua consistência).
  • Leite achocolatado, bolachas Maria e peça de fruta.
  • Iogurte líquido de aroma, bolachas de água e sal e fruta desidratada.

Tenha em atenção aos pormenores:

  • Opte por embalar a fruta em papel de alumínio, para garantir a sua conservação.
  • Garanta que a lancheira não é demasiado grande nem pesada.
  • Verifique, no final do dia, se a lancheira volta para casa vazia. Caso isso não aconteça, tente entender o que se passa. Questione o seu filho, por exemplo, sobre o lanche dos colegas, para tentar entender se, por algum motivo, se sente insatisfeito com o seu.

Contudo, é importante realçar que cada criança tem necessidades energéticas diferentes, e, em alguns casos, intolerâncias, alergias alimentares ou outras patologias que requerem um acompanhamento profissional específico e adequado.

 

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