Costuma falar sobre sexo com os seus filhos?
A adolescência é uma fase da vida em que, simultaneamente, há uma adaptação a mudanças físicas, psicológicas e sociais, sendo por isso, para alguns, uma fase conturbada e, para outros, uma fase tranquila.
A adolescência é uma fase da vida em que, simultaneamente, há uma adaptação a mudanças físicas, psicológicas e sociais, sendo por isso, para alguns, uma fase conturbada e, para outros, uma fase tranquila.
É durante a adolescência que o jovem começa a compreender-se a si próprio, a descobrir quem é na relação com a família, com os amigos e com a sociedade. A sexualidade entra em jogo e é necessário explorá-la e aprender a lidar com ela. Tanto com a própria como com a dos outros.
Educar com mindfulness na adolescên
cia
, Mikaela Övén
A adolescência inicia-se quando ocorre a menarca (primeira menstruação) ou a semenarca (primeira ejaculação); o início da puberdade ocorre cerca de 3 a 4 anos antes, com alterações hormonais que conduzem à maturidade reprodutiva e também com alterações emocionais que se vão traduzir em desejo sexual.
Todo este percurso suscita dúvidas, angústias, curiosidade e, por vezes, sofrimento no adolescente que tem dificuldade em compreender tudo o que se passa consigo, e é no relacionamento com os outros (família, amigos...) que encontra, muitas vezes, respostas sobre a sexualidade e o desejo sexual.
Até à adolescência, a influência da família e dos amigos predomina; na fase inicial da adolescência (11-15 anos), a família perde o domínio, há uma forte identificação com os pares do mesmo sexo; na fase final da adolescência (15-18 anos), há um declínio da influência familiar e a identificação com os pares do sexo oposto passa a ter uma grande relevância.
Esta identificação, assim como a maturação do sistema sexual, vai conduzir às primeiras relações amorosas e, algumas vezes, às primeiras experiências sexuais.
A vivência da sexualidade integra diversas componentes que passamos a referir: a biológica (ligada ao corpo); a relacional (relativa às relações, comunicação e compromissos); a ética e a sociocultural (que tem que ver com as escolhas e responsabilidades ligadas aos valores culturais); e a psicológica (associada às emoções, sentimentos e atitudes).
As emoções relacionam-se com o amor, e este leva à procura da satisfação física do impulso sexual, dando-se assim início à atividade sexual.
O que fazer, enquanto pais?
O início sexual precoce pode dever-se à falta de comunicação e diálogo com os pais e adultos próximos e, em geral, à pressão do grupo, às mensagens transmitidas e incentivadas pelos media, à baixa autoestima, etc.
Se para os adolescentes esta fase é complicada, não o é menos para os pais.
Ao longo das últimas décadas assistimos a mudanças drásticas na sexualidade. A sexualidade dos filhos traz à tona, para muitos pais, aspetos reprimidos da sua sexualidade, o que implica que se confrontem com a sua própria sexualidade, numa situação que pode gerar angústia.
Por outro lado, a banalização da sexualidade através dos media tem dificultado a tarefa de educar, de associar sexo a afeto, a responsabilidade e à promoção da saúde.
Existem alguns valores que devem ser transmitidos aos adolescentes:
-
Respeitar-se a si mesmo e à sua dignidade enquanto pessoa. Saber dizer não é muito importante e absolutamente necessário, independentemente das pressões. O/a jovem deve iniciar a vida sexual quando considerar que está pronto/a, que é o que efetivamente quer, com a pessoa que escolher e com responsabilidade.
-
Respeitar o outro. Saber ouvir um não, não pressionar nem forçar ninguém a fazer o que não quer. Aceitar a orientação sexual dos outros, sem discriminar. O outro não é um meio de satisfação de suas necessidades.
-
Ser responsável. Ter espírito crítico, capacidade de raciocínio e de reflexão para escolher o que lhe convém. Deve ser o/a adolescente a escolher o que quer e quando quer, prevendo as consequências das suas escolhas e assumindo-as.
-
Querer acesso a informação. Estar disponível para ouvir as dúvidas, as angústias, as curiosidades e responder às questões colocadas sem preconceitos, de forma clara e natural, sem fazer preleções ou discursos moralistas.
Também é importante dialogar sobre métodos anticoncecionais, doenças sexualmente transmissíveis e, antes do início da vida sexual, consultar profissionais de saúde para que uma eventual prática sexual seja efetuada com segurança.
Conheça alguns livros que abordam este tema:
A adolescência é uma fase da vida em que, simultaneamente, há uma adaptação a mudanças físicas, psicológicas e sociais, sendo por isso, para alguns, uma fase conturbada e, para outros, uma fase tranquila.
É durante a adolescência que o jovem começa a compreender-se a si próprio, a descobrir quem é na relação com a família, com os amigos e com a sociedade. A sexualidade entra em jogo e é necessário explorá-la e aprender a lidar com ela. Tanto com a própria como com a dos outros.
Educar com mindfulness na adolescên cia , Mikaela Övén
A adolescência inicia-se quando ocorre a menarca (primeira menstruação) ou a semenarca (primeira ejaculação); o início da puberdade ocorre cerca de 3 a 4 anos antes, com alterações hormonais que conduzem à maturidade reprodutiva e também com alterações emocionais que se vão traduzir em desejo sexual.
Todo este percurso suscita dúvidas, angústias, curiosidade e, por vezes, sofrimento no adolescente que tem dificuldade em compreender tudo o que se passa consigo, e é no relacionamento com os outros (família, amigos...) que encontra, muitas vezes, respostas sobre a sexualidade e o desejo sexual.
Até à adolescência, a influência da família e dos amigos predomina; na fase inicial da adolescência (11-15 anos), a família perde o domínio, há uma forte identificação com os pares do mesmo sexo; na fase final da adolescência (15-18 anos), há um declínio da influência familiar e a identificação com os pares do sexo oposto passa a ter uma grande relevância.
Esta identificação, assim como a maturação do sistema sexual, vai conduzir às primeiras relações amorosas e, algumas vezes, às primeiras experiências sexuais.
A vivência da sexualidade integra diversas componentes que passamos a referir: a biológica (ligada ao corpo); a relacional (relativa às relações, comunicação e compromissos); a ética e a sociocultural (que tem que ver com as escolhas e responsabilidades ligadas aos valores culturais); e a psicológica (associada às emoções, sentimentos e atitudes).
As emoções relacionam-se com o amor, e este leva à procura da satisfação física do impulso sexual, dando-se assim início à atividade sexual.
O que fazer, enquanto pais?
O início sexual precoce pode dever-se à falta de comunicação e diálogo com os pais e adultos próximos e, em geral, à pressão do grupo, às mensagens transmitidas e incentivadas pelos media, à baixa autoestima, etc.
Se para os adolescentes esta fase é complicada, não o é menos para os pais.
Ao longo das últimas décadas assistimos a mudanças drásticas na sexualidade. A sexualidade dos filhos traz à tona, para muitos pais, aspetos reprimidos da sua sexualidade, o que implica que se confrontem com a sua própria sexualidade, numa situação que pode gerar angústia.
Por outro lado, a banalização da sexualidade através dos media tem dificultado a tarefa de educar, de associar sexo a afeto, a responsabilidade e à promoção da saúde.
Existem alguns valores que devem ser transmitidos aos adolescentes:
- Respeitar-se a si mesmo e à sua dignidade enquanto pessoa. Saber dizer não é muito importante e absolutamente necessário, independentemente das pressões. O/a jovem deve iniciar a vida sexual quando considerar que está pronto/a, que é o que efetivamente quer, com a pessoa que escolher e com responsabilidade.
- Respeitar o outro. Saber ouvir um não, não pressionar nem forçar ninguém a fazer o que não quer. Aceitar a orientação sexual dos outros, sem discriminar. O outro não é um meio de satisfação de suas necessidades.
- Ser responsável. Ter espírito crítico, capacidade de raciocínio e de reflexão para escolher o que lhe convém. Deve ser o/a adolescente a escolher o que quer e quando quer, prevendo as consequências das suas escolhas e assumindo-as.
- Querer acesso a informação. Estar disponível para ouvir as dúvidas, as angústias, as curiosidades e responder às questões colocadas sem preconceitos, de forma clara e natural, sem fazer preleções ou discursos moralistas.
Também é importante dialogar sobre métodos anticoncecionais, doenças sexualmente transmissíveis e, antes do início da vida sexual, consultar profissionais de saúde para que uma eventual prática sexual seja efetuada com segurança.
Conheça alguns livros que abordam este tema: