Ecrãs na escola. Sim ou não?
Smartphones, tablets, computadores e tantos outros ecrãs estão cada vez mais presentes no quotidiano das famílias e, por consequência, das crianças. Poderá dizer-se que é impossível fugir a esta realidade, por isso resta regular a forma como os ecrãs são introduzidos e utilizados pelas crianças e jovens. Mas de que forma? Quantas horas de utilização? Em que idades? Será mesmo impossível evitar a sua utilização excessiva? Neste artigo vamos explorar a opinião de alguns especialistas sobre o tema.
Smartphones, tablets, computadores e tantos outros ecrãs estão cada vez mais presentes na vida quotidiana das famílias e, por consequência, das crianças. Poderá dizer-se que é impossível fugir a esta realidade e, por isso, resta regular a forma como os ecrãs são introduzidos e utilizados pelas crianças e jovens. Mas de que forma? Quantas horas de utilização? Em que idades? Será mesmo impossível evitar a sua utilização excessiva? Neste artigo vamos explorar a opinião de alguns especialistas sobre o tema.
A utilização de ecrãs está cada vez mais diversificada, com múltiplas ofertas, seja para lazer ou nas aprendizagens. A transição digital tem estado na agenda dos Governos de vários países e, em Portugal, desde o ano letivo de 2020-2021 que se encontra em vigor um projeto-piloto de manuais digitais do 2.º e 3.º ciclos, coordenado pela Direção-Geral da Educação.
Quatro em cada cinco encarregados de educação estão descontentes com a iniciativa, dando preferência à utilização de livros em papel.
Já no quinto ano de implementação, o Ministério da Educação descartou a implementação em turmas do 1.º ciclo e do ensino secundário. Apesar de ainda não existir um estudo de avaliação do impacto dos resultados do projeto, têm sido vários os órgãos de comunicação social que dão conta da insatisfação de encarregados de educação e escolas com o projeto.
Segundo o inquérito realizado pelo Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida, foi revelado que quatro em cada cinco encarregados de educação estão descontentes com a iniciativa, dando preferência à utilização de livros em papel. Esta opinião foi apoiada pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que, apesar de reconhecer potencialidades na utilização de manuais digitais, defende ainda não existirem condições para esta mudança. A falta de Internet, computadores e tomadas que permitam o carregamento dos equipamentos dos alunos nas escolas são alguns dos motivos.
Já a Ordem dos Psicólogos recupera a recomendação da Organização Mundial da Saúde, da Academia Americana de Pediatria e da Associação Americana de Psicologia, que aconselha o máximo de uma hora por dia de tempo de ecrã para crianças em idade pré-escolar, duas horas por dia para crianças dos 6 aos 12 anos e de duas a três horas por dia nos casos das crianças a partir dos 12 anos.
Artigos relacionados...
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Quanto tempo devem as crianças estar em frente aos ecrãs?
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Dependência de ecrãs em crianças e adolescentes: impactos e estratégias de mitigação
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A influência das séries, filmes e jogos no comportamento das crianças
Apesar de reconhecer nos dispositivos móveis “mais do que uma opção, uma realidade incontornável”, a entidade sugere que a melhor opção passa por adotar uma abordagem mista entre os manuais em formato papel e os manuais digitais. Para ajudar pais e professores, a entidade criou um guia com Orientações para a Utilização de Ecrãs e Tecnologias Digitais nas Escolas.
De recordar que, no arranque do ano letivo, o Governo fez a recomendação de proibição do uso e entrada de telemóveis em escolas do 1.º e 2.º ciclos, por considerar as evidências “de que a utilização do smartphone pode ser não uma vantagem, mas uma desvantagem para as aprendizagens e que em determinadas idades o uso do smartphone pode deteriorar o bem-estar das crianças”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Alexandre, durante a conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros onde foi aprovada a recomendação.
Fontes:
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Ordem dos Psicólogos Portugueses, “Orientações para a Utilização de Ecrãs e Tecnologias nas Escolas”, documento disponível aqui.
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“Governo recomenda proibição do uso e entrada de telemóveis em escolas do 1.º e 2.º ciclos”, artigo publicado no Observador (2024). Disponível neste link.
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“Governo mantém manuais digitais mas vai avaliar”, artigo publicado no Observador (2024). Disponível neste link.
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“Ordem dos Psicólogos defende mistura entre digital e manuais em papel nas escolas”, artigo publicado na Rádio Renascença (2024). Disponível neste link.
Smartphones, tablets, computadores e tantos outros ecrãs estão cada vez mais presentes no quotidiano das famílias e, por consequência, das crianças. Poderá dizer-se que é impossível fugir a esta realidade, por isso resta regular a forma como os ecrãs são introduzidos e utilizados pelas crianças e jovens. Mas de que forma? Quantas horas de utilização? Em que idades? Será mesmo impossível evitar a sua utilização excessiva? Neste artigo vamos explorar a opinião de alguns especialistas sobre o tema.
A utilização de ecrãs está cada vez mais diversificada, com múltiplas ofertas, seja para lazer ou nas aprendizagens. A transição digital tem estado na agenda dos Governos de vários países e, em Portugal, desde o ano letivo de 2020-2021 que se encontra em vigor um projeto-piloto de manuais digitais do 2.º e 3.º ciclos, coordenado pela Direção-Geral da Educação.
Quatro em cada cinco encarregados de educação estão descontentes com a iniciativa, dando preferência à utilização de livros em papel.
Já no quinto ano de implementação, o Ministério da Educação descartou a implementação em turmas do 1.º ciclo e do ensino secundário. Apesar de ainda não existir um estudo de avaliação do impacto dos resultados do projeto, têm sido vários os órgãos de comunicação social que dão conta da insatisfação de encarregados de educação e escolas com o projeto.
Segundo o inquérito realizado pelo Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida, foi revelado que quatro em cada cinco encarregados de educação estão descontentes com a iniciativa, dando preferência à utilização de livros em papel. Esta opinião foi apoiada pela Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que, apesar de reconhecer potencialidades na utilização de manuais digitais, defende ainda não existirem condições para esta mudança. A falta de Internet, computadores e tomadas que permitam o carregamento dos equipamentos dos alunos nas escolas são alguns dos motivos.
Já a Ordem dos Psicólogos recupera a recomendação da Organização Mundial da Saúde, da Academia Americana de Pediatria e da Associação Americana de Psicologia, que aconselha o máximo de uma hora por dia de tempo de ecrã para crianças em idade pré-escolar, duas horas por dia para crianças dos 6 aos 12 anos e de duas a três horas por dia nos casos das crianças a partir dos 12 anos.
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De recordar que, no arranque do ano letivo, o Governo fez a recomendação de proibição do uso e entrada de telemóveis em escolas do 1.º e 2.º ciclos, por considerar as evidências “de que a utilização do smartphone pode ser não uma vantagem, mas uma desvantagem para as aprendizagens e que em determinadas idades o uso do smartphone pode deteriorar o bem-estar das crianças”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Alexandre, durante a conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros onde foi aprovada a recomendação.
Fontes:
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Ordem dos Psicólogos Portugueses, “Orientações para a Utilização de Ecrãs e Tecnologias nas Escolas”, documento disponível aqui.
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“Governo recomenda proibição do uso e entrada de telemóveis em escolas do 1.º e 2.º ciclos”, artigo publicado no Observador (2024). Disponível neste link.
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“Governo mantém manuais digitais mas vai avaliar”, artigo publicado no Observador (2024). Disponível neste link.
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“Ordem dos Psicólogos defende mistura entre digital e manuais em papel nas escolas”, artigo publicado na Rádio Renascença (2024). Disponível neste link.