Saiba porque deve questionar e confrontar os seus filhos
Os pais que questionam e confrontam os filhos são os que são percecionados por eles como verdadeiramente interessados, pois viver sem limites aos treze anos é viver desorientado.
Os pais que questionam e confrontam os filhos são os que são percecionados por eles como verdadeiramente interessados, pois viver sem limites aos treze anos é viver desorientado.
“O Tomás tinha 13 anos (…). Recém-chegado de umas férias de verão, o Tomás contava como, na sua visão, “tinha sido ótimo fazer só mesmo o que me apeteceu”, sair todas as noites, não ter horas para regressar quando “os meus amigos tinham pais caretas que os mandavam voltar a horas…” (…) Confrontado tempos depois com estas situações e questionado diretamente porque seria que os pais dos outros marcavam horas e, afinal, os dele não, respondeu fitando os olhos no chão: “Acho que para os meus pais eu não importo. Tanto lhes faz que eu esteja em casa como não. Se calhar até agradeciam que eu estivesse sempre fora”. (Strech. P. (2011). O Vento à volta de tudo. Uma viagem pela adolescência. Verso da Kapa.)
Para quem tem filhos adolescentes, faz todo o sentido refletir neste testemunho real. Trata-se de um adolescente que, embora inicialmente exalte o facilitismo dos pais, posteriormente o põe em causa.
Os pais que questionam e confrontam os filhos são os que são percecionados por eles como verdadeiramente interessados, pois, viver sem limites aos treze anos é viver desorientado.
Quando os pais dizem “não” e marcam bem os limites, estão a contribuir para o bem-estar dos seus adolescentes, por mais desgastante que seja o processo de estabelecimento de regras e por mais interminável que pareçam as “batalhas” com filhos.
Na verdade, as discussões são típicas durante o período da adolescência, quando os jovens começam a questionar tudo e a querer estabelecer o seu rumo.
Num projeto desenvolvido ao longo de 2010-2012, pelo European Family Empowerment (cujo objetivo principal era criar as condições para o fortalecimento das organizações familiares, no sentido de prevenir os comportamentos de risco que afetam os adolescentes, principalmente relacionados com o uso de substâncias psicoativas), chegou-se a conclusões interessantes, algumas das quais gostaria de aqui partilhar.
É de referir que neste estudo estiveram envolvidos seis países europeus: Eslovénia, Espanha, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia.
Uma dessas conclusões é que pais e filhos percecionam de forma muito diferente as discussões, uma vez que os filhos não entendem o conflito tão intensamente quanto os pais. Os filhos vivem “o conflito” mais normalmente, como fazendo parte do relacionamento pais/filhos.
Na verdade, os adolescentes percecionam as discussões com os pais como uma expressão da preocupação dos progenitores para com eles. Por outras palavras, os adolescentes interpretam discussões como um sinal de cuidado e afeto dos pais.
Como é possível constatar pela observação do quadro que se segue, o desempenho escolar, tipo de amigos e trabalhos domésticos são os aspetos mais discutidos, logo seguidos do uso da internet, utilização da televisão e chegar a casa mais tarde que o esperado.
O curioso é que os pais acham que discutem mais que os filhos relativamente a estes temas.
Num atendimento realizado há algum tempo, uma mãe questionava-me se deveria deixar o filho um pouco mais liberto das suas imposições, uma vez que ele reagia muito negativamente a estas. Trata-se de uma adolescente que se isola e que por vontade própria passaria todos os seus tempos livres em frente ao computador.
Face ao exposto já conseguem deduzir qual foi a minha resposta.
Os pais que questionam e confrontam os filhos são os que são percecionados por eles como verdadeiramente interessados, pois viver sem limites aos treze anos é viver desorientado.
“O Tomás tinha 13 anos (…). Recém-chegado de umas férias de verão, o Tomás contava como, na sua visão, “tinha sido ótimo fazer só mesmo o que me apeteceu”, sair todas as noites, não ter horas para regressar quando “os meus amigos tinham pais caretas que os mandavam voltar a horas…” (…) Confrontado tempos depois com estas situações e questionado diretamente porque seria que os pais dos outros marcavam horas e, afinal, os dele não, respondeu fitando os olhos no chão: “Acho que para os meus pais eu não importo. Tanto lhes faz que eu esteja em casa como não. Se calhar até agradeciam que eu estivesse sempre fora”. (Strech. P. (2011). O Vento à volta de tudo. Uma viagem pela adolescência. Verso da Kapa.)
Para quem tem filhos adolescentes, faz todo o sentido refletir neste testemunho real. Trata-se de um adolescente que, embora inicialmente exalte o facilitismo dos pais, posteriormente o põe em causa.
Os pais que questionam e confrontam os filhos são os que são percecionados por eles como verdadeiramente interessados, pois, viver sem limites aos treze anos é viver desorientado.
Quando os pais dizem “não” e marcam bem os limites, estão a contribuir para o bem-estar dos seus adolescentes, por mais desgastante que seja o processo de estabelecimento de regras e por mais interminável que pareçam as “batalhas” com filhos.
Na verdade, as discussões são típicas durante o período da adolescência, quando os jovens começam a questionar tudo e a querer estabelecer o seu rumo.
Num projeto desenvolvido ao longo de 2010-2012, pelo European Family Empowerment (cujo objetivo principal era criar as condições para o fortalecimento das organizações familiares, no sentido de prevenir os comportamentos de risco que afetam os adolescentes, principalmente relacionados com o uso de substâncias psicoativas), chegou-se a conclusões interessantes, algumas das quais gostaria de aqui partilhar.
É de referir que neste estudo estiveram envolvidos seis países europeus: Eslovénia, Espanha, Portugal, Reino Unido, República Checa e Suécia.
Uma dessas conclusões é que pais e filhos percecionam de forma muito diferente as discussões, uma vez que os filhos não entendem o conflito tão intensamente quanto os pais. Os filhos vivem “o conflito” mais normalmente, como fazendo parte do relacionamento pais/filhos.
Na verdade, os adolescentes percecionam as discussões com os pais como uma expressão da preocupação dos progenitores para com eles. Por outras palavras, os adolescentes interpretam discussões como um sinal de cuidado e afeto dos pais.
Como é possível constatar pela observação do quadro que se segue, o desempenho escolar, tipo de amigos e trabalhos domésticos são os aspetos mais discutidos, logo seguidos do uso da internet, utilização da televisão e chegar a casa mais tarde que o esperado.
O curioso é que os pais acham que discutem mais que os filhos relativamente a estes temas.
Num atendimento realizado há algum tempo, uma mãe questionava-me se deveria deixar o filho um pouco mais liberto das suas imposições, uma vez que ele reagia muito negativamente a estas. Trata-se de uma adolescente que se isola e que por vontade própria passaria todos os seus tempos livres em frente ao computador.
Face ao exposto já conseguem deduzir qual foi a minha resposta.