Educar com inteligência emocional: recomendações e atividades para pais com filhos no ensino secundário

A capacidade de regular as emoções não é uma tarefa fácil e requer aprendizagem adequada. Se queremos manter ou mudar determinado sentimento, impõe-se uma escolha consciente, treino e dedicação constantes.

Aos pais cabe otimizar a aprendizagem dos filhos, não apenas focada na regulação das emoções negativas, mas também na criação e manutenção das emoções positivas, as que proporcionam bem-estar e felicidade na nossa vida e na daqueles com quem nos relacionamos.

É importante termos consciência de que todas as emoções são legítimas e é saudável quando as aceitamos com naturalidade, sejam elas agradáveis ou desagradáveis, sem as minimizar ou exagerar. A crueldade e o erro só são atribuídos aos comportamentos que derivam da emoção e não à emoção em si mesma.

Daí que seja importante que os pais invistam numa boa educação emocional dos filhos, uma educação que viabilize treinar respostas apropriadas às emoções sentidas, evitando comportamentos impulsivos, inapropriados e desajustados que possam causar grandes problemas.

Cientificamente, reconhece-se a existência de diversas estratégias de regulação emocional, que ajudam a evitar vivências emocionais que funcionem como “a faísca que nos faz saltar a tampa”, levando a um comportamento inapropriado, explosivo ou descontrolado, destabilizando o equilíbrio emocional e a paz interior, prejudicando não só a saúde física e mental, como também os relacionamentos interpessoais.

Uma dessas estratégias consiste em “Mudar a forma de pensar” cujo objetivo é substituir os pensamentos negativos por positivos para lidar de forma eficaz com a ansiedade e a tensão. De salientar que, entre uma emoção e um comportamento, surge sempre um pensamento e é ele que vai determinar a nossa reação.

Assim, é fundamental compreendermos que os nossos comportamentos são originados pelas diversas formas de pensamento. Este tanto nos ajuda como dificulta a autorregulação e a canalização das emoções, o que nos leva a tomar consciência da necessidade de mudar os pensamentos negativos e derrotistas procurando ver as coisas de forma diferente, mais racional e positiva.

Não implica reprimir emoções. O que importa é identificar as que geram determinados pensamentos e levam a conhecer os benefícios que poderemos obter a nível emocional se os pudermos mudar.

“Não devemos acreditar em todos os pensamentos que surgem na nossa mente e muito menos estar sempre a imaginar os piores cenários. Devemos contrariar essa tendência e substituí-los por pensamentos positivos, reconfortantes, motivadores e que nos inspirem a olhar para o futuro de forma positiva e otimista.” (Manuela Queirós, 2014:201).

No livro Inteligência emocional – Aprenda a ser Feliz, encontra estratégias úteis para regular as emoções com sucesso, diminuir as emoções negativas, aumentar as emoções positivas e ajudar ao autocontrolo emocional.

Propomos-lhes que realizem com os filhos o exercício “Pensa positivo” que pode descarregar aqui.