Cair. Correr. Caminhar. Recuar. Voar. Dançar. A vida de Mimi sempre foi titubeante e cheia de ziguezagues: Um quase grande amor, uma profissão-fantasma, uma filha a quem não consegue chegar verdadeiramente. Na protagonista de Corpo Vegetal – o novo romance de Julieta Monginho –, há uma insatisfação intraduzível em simples frases, uma dor com vários epicentros. «As palavras às voltas na minha cabeça, a linguagem um perigo constante, aos três anos, aos quarenta e oito», confessa esta mulher que, depois de ser vítima de abuso sexual, sente multiplicadas e expostas todas as suas inseguranças pessoais.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 19 de setembro.
A sessão de lançamento realiza-se em Lisboa a 26 de setembro, na Livraria da Travessa, a partir das 18:30. A apresentação estará a cargo de Paula Morão. Inês Nogueira assina as leituras.
Conheça o livro nas palavras da autora:
SOBRE O LIVRO
Corpo Vegetal
«Ser ou não ser» é a questão com que Mimi se debate depois de conhecer Samson X, o célebre escritor americano cujo livro está a traduzir. O corpo invadido, a vida estilhaçada, nada será como antes para esta mulher, que terá de decidir: ou age e faz ouvir a dor que toma conta dos seus dias, ou vive em silêncio o trauma e a raiva que a consomem, sem que o grito se escute, sem que a justiça se faça. No novo romance de Julieta Monginho, a dicotomia consentimento versus abuso sexual ganha protagonismo, partilhando-o com as repercussões jurídicas e as consequências devastadoras que uma agressão desta natureza tem na vida de quem a sofre. Mas, com a mestria a que já nos habituou, a autora não deixa no tinteiro uma última nota de esperança, e Corpo Vegetal mostra como, mesmo no meio da dor e do trauma, é possível encontrar um novo fôlego, um novo caminho. SOBRE A AUTORA Julieta Monginho Nasceu em Lisboa, com raízes no Alentejo, onde os pais nasceram e onde viveu entre os cinco e os quinze anos. Em 1996, publicou o seu primeiro romance, Juízo Perfeito. Desde então, seguiram-se outros livros de ficção, participações em colectâneas de contos e colaborações com revistas. Publicou ainda o diário do ano 2001 – o primeiro do milénio –, intitulado Onde Está J?. A sua obra tem sido premiada e reconhecida pela crítica. Metade Maior e Os Filhos de K foram finalistas de vários prémios literários. Em 2000, venceu o Prémio Máxima de Literatura com o romance À Tua Espera. Em 2008, A Terceira Mãe recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB. Dez anos depois, Um Muro no Meio do Caminho foi distinguido com o Prémio PEN Clube de Narrativa e o Prémio Literário Fernando Namora. Em 2021, o livro Volta ao Mundo em Vinte Dias e Meio ganhou o Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLAB. Exerceu funções como magistrada do Ministério Público, especializada na área de Família e Crianças.
SOBRE A AUTORA
Julieta Monginho
Nasceu em Lisboa, com raízes no Alentejo, onde os pais nasceram e onde viveu entre os cinco e os quinze anos. Em 1996, publicou o seu primeiro romance, Juízo Perfeito. Desde então, seguiram-se outros livros de ficção, participações em colectâneas de contos e colaborações com revistas. Publicou ainda o diário do ano 2001 – o primeiro do milénio –, intitulado Onde Está J?. A sua obra tem sido premiada e reconhecida pela crítica. Metade Maior e Os Filhos de K foram finalistas de vários prémios literários. Em 2000, venceu o Prémio Máxima de Literatura com o romance À Tua Espera. Em 2008, A Terceira Mãe recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB. Dez anos depois, Um Muro no Meio do Caminho foi distinguido com o Prémio PEN Clube de Narrativa e o Prémio Literário Fernando Namora. Em 2021, o livro Volta ao Mundo em Vinte Dias e Meio ganhou o Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLAB. Exerceu funções como magistrada do Ministério Público, especializada na área de Família e Crianças.